quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

Resumo do capítulo 21 do livro Controladoria Estratégica e Operacional de Clóvis Luís Padoveze
  • A base do controle orçamentário é o confronto dos dados orçados contra os dados reais obtidos pelo Sistema de Informação Contábil;
  • As variações ocorridas entre os dados reais e os orçados permitirão uma série de análises, identificando se as variações ocorridas foram decorrentes de planos, preços, quantidades, eficiência.

Objetivos, Conceitos e Funções

 Os objetivos principais do Controle Orçamentário são: identificar e analisar as variações ocorridas; corrigir erros detectados; ajustar o plano orçamentário, se for o caso, para garantir o processo de otimização do resultado e eficácia empresarial.

Responsabilidade pelo Controle Orçamentário

  • Cada gestor deve efetuar o seu controle orçamentário;
  • O setor de Controladoria também deve, concomitantemente, efetuar o monitoramento e apoio aos gestores individuais sobre seus orçamentos;
  • Além disso, cabe à Controladoria o papel de efetuar o Controle Orçamentário da empresa ou corporação como um todo;
  • Cabe também à Controladoria propor as ações corretivas, decorrentes do Controle Orçamentário.

Conceito de Controle

 Na linha de delegação de responsabilidade e autoridade e orçamento participativo, o conceito de controle efetuado pela Controladoria é no sentido de buscar a congruência de objetivos, otimização dos resultados setoriais e corporativos, apoio aos gestores, correção de rumos, ajustes de planos, nunca em um conceito de controle punitivo, que enfraquece a atuação do controller.

Relatórios de Controle Orçamentário

 Todas as peças orçamentárias devem ser objeto dos relatórios de acompanhamento em relação ao realmente acontecido. O relatório clássico de Controle Orçamentário, por tipo de despesa e receita, para todos os centros de custos ou divisões, compreende:
  • os valores orçados para o mês em pauta;
  • os valores reais contabilizados no mês;
  • a variação do mês entre o real e o orçado;
  • os valores orçados acumulados até o mês em pauta;
  • os valores reais acumulados contabilizados até o mês;
  • a variação acumulada entre o real e o orçado até o mês.

Relatório de Receitas e Despesas Reais X Orçadas por Centro de Custo

 Cada centro de custo deverá ter o seu relatório específico. Seguindo a linha hierárquica da empresa, relatório de mesmo modelo deverá ser elaborado de forma aglutinada para as chefias que têm responsabilidade por mais de um centro de custo. Assim, o mesmo modelo deverá somar os dados de cada gerência, diretoria, unidades de negócio até o total da empresa.

Relatório de Receitas e Despesas Totais por Centro de Custo e Unidades de Negócios

 Um segundo relatório básico é focalizar, em resumo, o total das despesas e receitas por centro de custo e unidades de negócio, listando todos eles, para dar uma visão geral do plano orçamentário. É um instrumento muito importante para a Controladoria, pois permite uma visão abrangente do andamento das operações da empresa.

Análise das Variações

 Tendo como base as informações levantadas pelos relatórios de Controle Orçamentário, é feita a análise das variações, a qual busca identificar com maiores detalhes os principais motivos que causaram a variação em valor de cada item orçamentado, fundamentando sua justificativa pelos gestores responsáveis pelos orçamentos e operações.
A diferença de valor entre os dados reais e orçados basicamente decorre de dois elementos: quantidade real diferente da quantidade orçada; e preço real diferente do preço orçado.
  • Variação em Valor (real x orçado) = Diferença de Preço (real x orçado) + Diferença de Quantidade (real x orçado).
 Recomenda-se a análise das variações em um grau de detalhe para os itens e variações relevantes, atentando para a relação custo/benefício da informação contábil. Convém ressaltar que todos os itens orçados têm as variáveis preço e quantidade, sendo para alguns itens mais visível (vendas, compras de materiais, mão-de-obra) e outros menos visível (energia elétrica, telefone, serviços de terceiros).

Controle Matricial

 As empresas que adotam o conceito de gerenciamento matricial devem incorporá-lo no controle orçamentário. Neste modelo, as justificativas das variações orçamentárias devem vir de forma dupla: cada gestor de um centro de custo ou receita justifica sua parte (gestor de coluna), e o gestor responsável pelo total dos gastos ou receitas (gestor de linha), concordando ou não com as justificativas individuais, faz sua análise e justificativa do conjunto do item orçado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário